São definidos pela IEC como “líquidos isolantes constituídos de poli (organosiloxanos), cuja estrutura consiste normalmente em cadeias lineares formadas por uma alternância de átomos de silicone e de oxigênio, em que a cada átomo de silicone estão ligados radicais orgânicos.”
Devido à diferença de eletronegatividade entre o silício e o oxigênio, a ligação Si-O é polar; porém, devido à sua flexibilidade, a cadeia se arranja espacialmente de modo que o composto apresenta polaridade elétrica resultante desprezível.
As principais características deste isolamento constam da tabela I, onde podem ser comparadas com as características dos outros dielétricos mais correntes. Deve-se realçar, entre elas, a boa estabilidade térmica e à oxidação, à inércia química, os elevados pontos de fulgor e ignição e sua relativamente boa inocuidade fisiológica, toxicológica e ambiental. A sua degradação no ambiente é assegurada quer por catalisadores do solo quer por ação da luz.
A rigidez dielétrica do silicone é, como em outros líquidos, afetada pela umidade e por impurezas sólidas e apresenta um aspecto particular: após uma disrupção há formação de um depósito, constituído por sílica casrbeto de silício e polímero reticulado, que origina uma ponte entre os eletrodos, causando grandes dificuldades de se conseguir um dimensionamento seguro para tensões mais elevadas.
Atributos e aplicações
As características de transmissão térmica são mais desfavoráveis e a simples substituição do ascarel por silicone num transformador obriga normalmente a uma subgraduação. O coeficiente de dilatação térmica mais elevado tem de ser considerado nas novas concepções. Além disso, os silicones exibem uma certa tendência à formação de siloxanos reticulados, de consistência gelatinosa, sob influência de descargas parciais. Há de se prever, portanto, um desenho que evite as descargas parciais.